Cirurgia é uma das soluções para fraturas de calcâneo

Cirurgia é uma das soluções para fraturas de calcâneo

Fraturas de calcâneos (calcanhar) podem ocorrer com mais frequência do que se imagina. Geralmente acometem pessoas que trabalham em altura e não utilizam equipamento de segurança e se lesionam com a queda livre, em acidentes de carro ao ter o impacto contra o corpo de baixo para cima ao frear, acidentes de motocicleta e até mesmo ao cair trocando uma lâmpada de uma escada pequena.

O tratamento para a fratura de calcâneo pode ser conservador com imobilizações gessadas, como talas ou botas, sendo indicado tratamento em casos restritos e que normalmente apresentam bons resultados, mas na grande maioria dos casos a cirurgia é mais eficiente. “Geralmente a indicação cirúrgica ocorre quando há desvios articulares maiores que dois milímetros, deformidades angulares maiores que 10 graus e existência de compressão axial que causa por impacção do osso calcâneo, podendo ocasionar o achatamento e alargamento do osso que levará uma desestruturação de todo o pé e desconforto importante ao uso de sapatos e restrição de atividade física”, explica o ortopedista especialista em tornozelo e pé, Mário Kuhn Adames.

Segundo o médico, a cirurgia também é orientada quando existe alargamento do calcâneo, pois pode levar ao pinçamento de estruturas na sua volta como tendões e nervo sural gerando dor, limitação e incapacidade funcional. O comprimento do calcâneo, é mais um motivo para indicação cirúrgica. “O achatamento resulta no encurtamento de tamanho e o pé gira sobre o calcâneo ocasionando deformidade rotacional, ou seja, leva o paciente a pisar de forma incorreta sobrecarregando o pé e tornozelo, geralmente evoluindo com degeneração articular no futuro”, comenta.

A cirurgia pode ser de reparação, remontando o calcâneo e fazendo a sua fixação com placas e parafusos, ou quando a fratura é muito severa é possível a fixação, mas será necessário realizar artrodese no mesmo momento ou num segundo tempo, que é a união cirúrgica de um osso ao outro retirando a superfície articular. O enxerto pode ser usado para reconstruir e dar suporte para áreas que apresentam falhas, quando o osso é muito duro e tem que ser ressecado e para auxiliar para a consolidação da artrodese.

Recuperação

No tratamento cirúrgico são necessários cuidados em relação a pele. Em alguns casos podem ser realizadas incisões minimamente invasivas que reduzem os índices de complicações. A recuperação vai ocorrer de acordo com o organismo de casa paciente, mas geralmente a imobilização é recomenda até a décima semana, podendo ser rígida ou móvel – que permite a fisioterapia, sendo a mais recomendada.

“As fraturas normalmente têm melhora significativa no primeiro ano e depois melhora continua até o quinto ano, ficando estáveis até uma década. Após esse período tem uma decrescente do resultado devido problemas como artroses e processos inflamatórios nos tendões”, adverte Mário.

Vale ressaltar que pacientes fumantes, idosos, com osteopenia severa, diabéticos com controle de forma irregular ou sem controle, apresentam altos índices de infecção no tratamento cirúrgico e precisam ter os cuidados redobrados.

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Dr Mario Kuhn Adames
Ortopedia e Traumatologia
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